segunda-feira, 25 de julho de 2011

Setor de Tecnologia da Informação é o que gera mais fusões e aquisições no primeiro semestre

No primeiro semestre de 2011, o setor de Tecnologia da Informação foi o que realizou o maior número de transações apuradas pela Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.Foram realizadas 46 operações somente neste mercado (uma além do resultado anotado nos primeiros seis meses de 2010), sendo que 20 delas envolveram empresas de capital nacional. No total de operações em todos os setores pesquisados, entre janeiro e junho foi atingido o patamar recorde para um primeiro semestre de 379 transações no país, 8% a mais do que no mesmo período de 2010, quando aconteceram 351 operações.

O estudo também mostrou que foram realizadas, na área de Tecnologia da Informação, 13 transações internacionais entre companhias estrangeiras que impactaram suas operações no Brasil. Em terceiro lugar, foram registradas oito operações de estrangeiras adquirindobrasileiras no país, três empresas brasileiras adquirindo estrangeiras no exterior e duas corporações brasileiras adquirindo estrangeiras no Brasil.

“As companhias estrangeiras voltaram de forma definitiva ao cenário de Fusões e Aquisições (F&A) e estão apostando na aquisição de companhias brasileiras. Mesmo assim, as brasileiras estão ativas no mercado e promovendo negócios. No geral, a perspectiva para o ano, se mantido o ritmo deste primeiro semestre, é de um novo recorde de operações, acima das 726 transações de 2010, quando foi estabelecida a marca”, afirma Luis Motta, sócio da área de F&A da KPMG no Brasil.

Segundo Frank Meylan, sócio da área de Perfomance&Tecnology da KPMG no Brasil, os negócios realizados pelasempresas de TI têm aumentado a cada ano, o que demonstra que o setor é um dos mais aquecidos, apesar de as transações envolverem volumes menores. “São empresas que dependem basicamente de mão de obra especializada, e não de muito capital”, explica.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Os 3 estágios das Mídias Sociais

Por Gustavo Pereira
gerente da filial da Dinamize no Rio de Janeiro



Afinidade. Este é o principal motivo que leva as pessoas a se unirem nas mídias sociais no Brasil, onde esta aproximação dá-se por diversos motivos, que vão desde opiniões pessoais a tipos bem específicos de comportamentos. Em 2010 a Nielsen Online destacou um estudo em que o Brasil aparece como o país mais conectado em redes sociais, com a participação de até 86% dos usuários ativos.

Mas vejamos épocas mais distantes. Voltamos a 2005, mais especificamente em 05 de abril, onde finalmente o Orkut ganha a versão brasileira. Era o momento libertador em que milhares de brasileiros lutavam por um convite, já que o site em seu início não era aberto para todos. Ao longo destes seis anos, os brasileiros aprenderam a conviver com todo o tipo de plataforma de relacionamento. De gratuitas às pagas, os usuários mudaram suas necessidade e prioridades e como tudo neste nosso mundo digital, evoluir é inerente.

Um estudo realizado pela empresa de pesquisas, Forrester Research, descreve as eras evolutivas das mídias sociais, sendo importante ressaltar que não trata-se de períodos delimitantes, mas fases sobrepostas, ganhando ou perdendo intensidade com o passar dos anos. Vejam em detalhes:

Era das Relações Sociais: Conectar-se a outras e compartilhar.
Início: 2005 | Auge: 2003 a 2012.

Era da Funcionalidade Social: Redes sociais tornam-se um sistema operacional.
Início: 2007 | Auge: 2007 a 2010.

Era de Colonização Social: Agora toda a experiência pode ser compartilhada.
Início: 2009 | Auge: 2011.

Era do Contexto Social: O conteúdo é direto e personalizado.
Início: 2010 | Auge: 2012

Era de Comércio Social: As comunidades consomem e ajudam a definir futuros produtos e serviços.

Início: 2011 | Auge: 2013  
Ao estudar mais detalhadamente a realidade brasileira nas mídias sociais, pude perceber não um momento dividido por eras, mas o surgimento de estágios comportamentais separados por fatores sócio-tecnológicos.

O objetivo desta análise é debater as etapas vivenciadas pelos usuários frente ao seu momento de vida, idade ou condição econômica.

Estágio 01: Aproximação inclusiva.

Neste momento o usuário está frente a um mar de possibilidades. Deslumbrado com os inúmeros recursos, tudo é novidade e o que mais importa é ter um perfil lotado. Sua atenção está voltada em adicionar cada vez mais pessoas, conversar com todos ao mesmo tempo e não cogita a possibilidade de perder pessoas. Querem abraçar o mundo e com isso a qualidade no diálogo “empresa x consumidor” sai prejudicada. Geralmente o resultado de promoções via banners é muito boa.

Estágio 02: Exclusão do dispensável.

Aqui o usuário já opera os recursos disponíveis com mais segurança e possui um nível de relacionamento mais intenso com seus amigos. A estrutura de seus dados digitais é mais complexa, contendo grande quantidade de fotos, vídeos, jogos e principalmente pessoas para dar atenção.  Começa a percepção de relacionamento, mas a idéia de popularidade ainda é marcante fazendo com que a qualidade dos seus relacionamentos “empresa x consumidor” ainda seja baixa.

Adicionar novos usuários perde importância, os relacionamentos se estabilizam e perder usuários, ainda mais os mais chatos, mão incomoda tanto.

Estágio 03: Inclusão seletiva.

O usuário tem pleno domínio dos recursos e cada minuto conectado tem um por que. Não cogita perder tempo e cada passo dado é feito com um objetivo muito claro, mesmo que para a diversão. Trocar informações, experiências, tirar dúvidas, emitir e receber opiniões. São estes elementos que caracterizam o seu momento de vida digital. O seu mundo é único e compartilhar deste ambiente é um privilégio para poucos. Agora cada pessoa adicionada tem um objetivo, seja social, afetivo ou econômico, mas tem que ter um motivo. O nível de relacionamento “empresa x consumidor”, além de estar estabelecido, alcança o nível do desejável. As pessoas precisam se relacionar com as marcas e produtos que mais amam. Ele quer consumir e precisa que as empresas esclareçam suas dúvidas. A esta altura, perder seguidores irrelevantes chega a ser um favor. Este usuário só tem interesse no relevante.

Para acompanhar estes três estágios, vejam esta dinâmica no infográfico abaixo:

terça-feira, 12 de julho de 2011

Torcedores do Barça e do Real se desafiam em batalha de tweets

A Movistar, empresa de telefonia móvel do Grupo Telefônica na Espanha, marcou um golaço ao convidar os torcedores do Barcelona e do Real Madrid a demonstrarem sua paixão pelo futebol. Cerca de 10 mil internautas interagiram com o perfil da empresa no Twitter. Antes das partidas, o portal de notícias ElMundo.es exibia em tempo real, lado a lado, tweets de apoio destinados aos dois times. Além disso, mais de 300 mil usuários assistiram ao vídeo da campanha Imagenio Energía, projeto no qual a vibração da torcida gera energia elétrica para manter um telão ligado, permitindo que outras pessoas pudessem ver os ao vivo jogos fora do estádio.

Veja a demo da campanha na Creative Zone da MediaMind: http://creativezone.mediamind.com/#ItemName=Movistar%20with%20Twitter%20Connect

Essa ação da Movistar, inédita na Espanha, teve como pano de fundo a home page do portal de notícias do Elmundo.es. Na ocasião, foi utilizado o formato MastHead. Graças às suas grandes dimensões, o serviço de TV paga pela internet Movistar Imagenio conseguiu mais visibilidade durante todo o período de veiculação. Aproveitando as possibilidades de interação desse formato, a McCann Erikson criou dois espaços interativos: a Batalha dos Tweets e o vídeo no qual era apresentado o projeto Imagenio Energía.

“Registramos uma média de tempo de exposição ativa (Dwell Time) de aproximadamente um minuto de duração (53 segundos)”, revela César Alonso, chefe de Mídia Publicitária Online da Movistar. Alonso ressalta que a média de impressões com Dwell (volume de impressões com exposição ativa) quase triplicou a média registrada no mercado espanhol para o setor de Telecomunicações. “Com esse resultado, confirmamos um grande posicionamento de marca”, conclui.

Para garantir a viabilidade da ação, a Movistar confiou em uma solução da MediaMind: o FileGrab. Pedro Travessedo, Country Manager da MediaMind na Espanha, conta que os milhares de acessos simultâneos que uma campanha com esse conceito criativo poderia receber, derrubariam um servidor em poucos minutos. “O FileGrab da MediaMind permite capturar arquivos armazenados em servidores externos e armazená-los em um CDN próprio, garantindo um grande número de acessos sem quaisquer contratempos”, explica Pedro Travesedo, Country Manager de MediaMind na Espanha.

Para mais informações, acesse www.mediamind.com.br

Você realmente precisa de um aplicativo mobile?

*Elcio Ferreira


Muitas empresas estão investindo em aplicativos mobile. De bancos a fabricantes de sabão, todo mundo quer ter sua bandeira fincada nas lojas de aplicativos mobile. Este movimento tem um quê de “corrida do ouro”, com muita gente desenvolvendo aplicativos mobile porque todo mundo está fazendo, sem uma definição clara de objetivos e, o que é mais importante, sem um estudo de alternativas para se atingir esse objetivo.

Existe uma alternativa às aplicações mobile: são os sites mobile. Recomendo que a empresa avalie, antes de iniciar a construção de uma aplicação mobile, se seu problema não pode ser resolvido por um site mobile.

Sites mobile são multiplataforma.  Já aplicativos para iPhone não rodam em Android, aplicativos para Blackberry não rodam em Windows Phone. Desenvolver um aplicativo que funcione nessas quatro plataformas significa desenhar uma vez só, porém construir quatro vezes, em linguagens de programação diferentes, com APIs diferentes.

Disponibilizar seu aplicativo nas diversas lojas móbile também significa encarar várias exigências burocráticas.

Um bom site mobile, por outro lado, funciona nas quatro plataformas citadas acima, e tem grande chance de funcionar em qualquer outra, sem esforço extra.

Sites mobile usam uma base de código que é aproveitada para desktops. Se você já tem um site ou aplicativo web que atende as suas necessidades, provavelmente, para ter um site mobile, será preciso mexer apenas no que os desenvolvedores chamam de "camada de apresentação". Caso você não tenha um site ou aplicativo web e decida construí-lo mobile, vai aproveitar boa parte do seu investimento, se no futuro decidir tê-lo também funcionando  em computadores.

Com HTML5, sites mobile podem  executar quase tudo o que uma aplicação mobile faz, incluindo acessar o GPS, ler a orientação do dispositivo (se o telefone está em pé ou deitado), guardar dados no telefone, desenhar gráficos, transições, animações, tocar áudio e vídeo, e até funcionar offline.

Quando você precisa de um aplicativo? Existem situações em que construir um aplicativo é essencial:

Está desenvolvendo um jogo pesado
Ainda é muito difícil, com HTML5, construir interfaces tridimensionais, com gráficos de alta qualidade, muito movimento, respostas rápidas e interação com som.

Precisa interagir com o telefone
Não há uma maneira de um site mobile ler a agenda de contatos do telefone, ou as fotos da galeria, por exemplo.  Embora existam maneiras de, por exemplo,  disparar uma ligação telefônica a partir de um link ou botão.

Precisa de interação precisa com o acelerômetro
Sites mobile, hoje, apenas sabem se o telefone está em pé ou deitado, e mais nada. Não dá para fazer um aplicativo controlado pelo acelerômetro, assim como uma corrida em que o volante é o próprio telefone.

Pretende cobrar por seu aplicativo
Existem alternativas para se cobrar pelo acesso à aplicação ou vender conteúdo dentro dela, e fazem todo o sentido se seu aplicativo for realmente multiplataforma, acessível do computador e do celular.
Se você pretende cobrar pelo uso do próprio aplicativo, é bom avaliar se usar as lojas de aplicativos, em que o usuário compra com um clique, já tendo seu cartão de crédito cadastrado, não é a melhor solução.  Nesse caso, as lojas de aplicativo também vão dar visibilidade ao seu aplicativo.

Seu aplicativo precisa rodar em background
Se seu aplicativo precisa de um serviço rodando em segundo plano, você não conseguirá fazer isso com um site. Por exemplo, se seu aplicativo deve avisar o usuário cada vez que ele se aproximar de um local específico, mesmo que ele esteja fazendo outra coisa no telefone ou esteja com o telefone no bolso.

Há, por outro lado, uma diversidade de situações em que um bom site mobile pode substituir, com vantagens, um aplicativo.  Quando o aplicativo só acessa seu site, como fazem muitos aplicativos de internet banking, que são exatamente iguais ao site mobile do banco. Mesmo que seu site seja um aplicativo web razoavelmente complexo, com animações, gráficos e interações, é muito provável que seja possível fazê-lo funcionar em dispositivos móveis, atendendo a uma variedade de plataformas com um único esforço de investimento.

Quando o aplicativo é só um sistema de cadastro e consulta, realiza cálculos, gera relatórios, etc. Ou quando se trata de uma consulta a serviços web, um mecanismo de chat, um catálogo de produtos, um e-commerce, um sistema de mapas e rotas, um gerenciador de conteúdo, ou qualquer outro negócio que já tenha sido bem resolvido com uma interface web.

Avalie alternativas antes de construir um aplicativo mobile. Talvez você possa, com um site mobile, atingir um público muito maior, com um investimento menor, e ainda tenha uma drástica redução nos custos de manutenção e atualização do aplicativo.

*Elcio Ferreira é um dos pioneiros na divulgação dos padrões Web no Brasil, mantém o site Tableless.com.br e é diretor da Visie Padrões Web, empresa de treinamento e desenvolvimento Web. Programador desde a infância, desenvolve softwares e ensina Tableless, Javascript, Ajax, Acessibilidade, PHP, PythonTom, além de técnicas de produtividade para empresas como Globo.com, Terra, UOL e Editora Abril. Desenvolveu e ministra o treinamento de HTML5 oficial na sede do W3CBrasil.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Internautas preferem clicar em banners na tela de iPhones

Pesquisa inédita da MediaMind revela que o smartphone da Apple apresenta Taxa de Cliques mais alta. Outros aparelhos com Android e o BlackBerry possuem CTR inferior


O mais recente levantamento realizado pela MediaMind aponta que o iPhone lidera a revolução das campanhas publicitárias desenvolvidas para telefones celulares com acesso à Internet. Intitulada “Tela Pequena, Grandes Resultados”, a pesquisa mostra que o aparelho da empresa californiana que roda com o iOS entrega Taxas de Clique (CTR) mais altas que smartphones com outros sistemas operacionais. O estudo completo em português está disponível para download no link http://bit.ly/MobileResearch_2011_PT. E para baixar o infográfico sobre essa análise, clique em http://bit.ly/Mobile_Mini_Poster_PT.

Após analisar mais de 230 milhões de impressões de anúncios para telefones celulares durante o quarto trimestre de 2010 e o primeiro trimestre de 2011, a MediaMind descobriu que os aparelhos da Apple que rodam o sistema operacional iOS obtiveram performance duas vezes maior que telefones com o Android do Google. Ao comparar com o BlackBerry da RIM, a performance do iPhone é cinco vezes superior. Além disso, os anúncios em celulares alcançaram uma Taxa de Cliques (CTR) impressionante: 0,61%. Já no caso dos banners standard desenvolvidos para computadores pessoais e laptops, o CTR fica em apenas 0,07%.

Ao pesquisar o hábito dos internautas que utilizam telefones celulares para acessar a Internet, os resultados foram surpreendentes. Enquanto a navegação a partir de PCs ou notebooks se concentra no horário comercial, das 9 às 17 horas, os usuários de smartphones preferem navegar na web durante a noite. A Taxa de Cliques para campanhas Mobile também chega ao ápice no período noturno, mas mantém CTR mais elevado que as peças publicitárias para computadores em qualquer horário do dia.

“As campanhas para Mobile estão provando ser as mais rentáveis no mix de mídia,” conta Gal Trifon, presidente e CEO da MediaMind. Trifon ainda lembra que esse tipo de anúncio representa uma nova experiência de visualização e interação para grande parte dos usuários e possui uma vantagem em relação aos banners standard por ocuparem uma porção maior da tela.

O estudo também descobriu que a maioria dos segmentos de marcado alcançou Taxas de Cliques elevadas, batendo os índices de referência para os banners standard de navegadores como IE, Chrome, Firefox, entre outros. Entretenimento, Varejo e Serviços Financeiros apresentam melhor performance em campanhas para telefones celulares. Já os setores Têxtil e Governamental obtiveram o CTR mais baixo.

domingo, 3 de julho de 2011

Redes sociais, a empresa nas mãos do cliente

(*) Cristiana Prado Gomes
 
A utilização das redes sociais como ferramenta de marketing de relacionamento está servindo para, cada vez mais, aproximar as empresas dos clientes, reforçando o caráter do atendimento mais personalizado. Mas tão importante quanto abrir canais é saber modular essa comunicação e ter uma intencionalidade nas relações, para saber exatamente o que buscar nesse oceano de estímulos e informações.

Apesar de ainda haver um gap muito grande entre a cultura de comunicação interna de muitas organizações – mais fechada, controlada e lenta – e a cultura das redes sociais – um território cujo princípio de existência é a livre e instantânea circulação de informações –, as empresas já têm utilizado as redes sociais como um grande ouvido para o mundo exterior.

Além de flagrar as pessoas expressando suas opiniões com liberdade – ampliando muito o poder das pesquisas –, as empresas também podem ser proativas na comunicação, alimentando perfis no Facebook, no Twitter e no Youtube, por exemplo. Neles, as companhias conseguem emitir mensagens mais propositivas, que alavancam discussões e tentam criar um ambiente legítimo de relacionamento com a clientela.

O recurso está aí, mas nos coloca frente a algumas questões, como a da credibilidade e do vínculo com o cliente. Se o consumidor não nos perceber como uma fonte confiável, se não enxergar benefícios concretos no relacionamento com a marca, se sentir que a empresa não é de fato aquilo que pretende transparecer, é bem possível que os resultados não sejam bons.

Nós, comunicadores, precisamos ter sempre em mente quatro características fundamentais das novas tecnologias: portabilidade, interatividade, conectividade e multifuncionalidade. O mundo está na palma de sua mão e todos podem participar dele, então é natural que as pessoas demandem respostas coerentes das empresas, com essas propriedades do meio em que convivem socialmente. O cliente vai exigir, cada vez mais, acesso online permanente, canais de diálogo efetivos e respostas imediatas às suas demandas como consumidor. E, mais uma coisa importante: um alinhamento com os valores nos quais acredita.

Nesse ambiente de transformações incrivelmente velozes, o Customer Relationship Management, ou CRM, vem ganhando peso. Quanto mais ferramentas tivermos para conhecer o consumidor e atender a suas demandas explícitas e implícitas, evidentemente as chances de sobrevivência aumentam. Agora temos de ir além e buscar uma antecipação das necessidades das pessoas, compreendendo com mais precisão a dinâmica interna das transformações, pois o risco da obsolescência é cada vez maior. As redes sociais e a tecnologia me parecem ferramentas cruciais dessa mentalidade que, no entanto, não pode ser reduzida aos ambientes sociais.

Assim como a sofisticação da interação empresa-cliente caminha para um foco cada vez mais personalizado, também não há soluções padrão, pois as empresas são muito diferentes entre si. Há questões próprias nas esferas da governança, da tecnologia e do marketing e cada uma sabe onde lhe dói o calo, como se diz popularmente.

Então, é fundamental que cada corporação encontre a sua própria forma de se relacionar com as redes sociais ou só tornará mais exposta às suas fragilidades. É um meio em que o sucesso e o fracasso são virais, e por isso há riscos. Para enfrentar a superexposição tentadora das redes, é preciso estar disposto a viver sob as regras desse meio; não dá para ser “social” pela metade. É uma mudança de mentalidade, não apenas de ferramentas, que exigem uma visita contínua às raízes e à identidade de cada organização – que não poderá mudar tanto a ponto de não reconhecer mais a si mesma.

(*) Cristiana Prado Gomes é Gerente de Marketing do Agora Sistema de Ensino (www.souagora.com.br) e do Ético Sistema de Ensino (www.sejaetico.com.br), da Editora Saraiva